sexta-feira, 22 de maio de 2015

Vamos antes jogar Tetris

Fixava indefinidamente o jardim de onde o esperava. Perscrutava o caminho de pedra que serpenteava por entre as ervas. Numa esperança sem resignação, caminhava preso ao desejo de o encontrar por detrás das folhagens. Pum! Matei-te! Esgares. Revirar de olhos. Desequilíbrio forçado. Pam! Cai como cerimónia fúnebre. Que fazes aí espojado? Morro! Levanta-te idiota! Deixa-me morrer em paz. Não podes morrer, que a mãe não nos deixa brincar às guerras. Vamos antes brincar a outra coisa.



6 comentários:

  1. Ou antes "... que a mãe não nos deixa morrer".
    Grandes tempos.
    Bom fim-de-semana, Outro Ente.
    Beijos,
    Linda Porca.

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    1. Cara Linda,
      A mãe era e é um ser todo-poderoso.
      Beijo,
      Outro Ente.

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  2. Nunca joguei Tetris, confesso. Mas acho que qualquer brincadeira é melhor que brincar às guerras, já nos bastam as guerras que não são brincadeira nenhuma e das quais ninguém desiste para ir jogar Tetris.

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    1. Querida Cláudia,
      As guerras são virulentas. Há que manter distância.
      Um beijo,
      Outro Ente.

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  3. As mães não querem nunca os filhos em/na guerra.

    Beijos, caro Ente. :)

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    1. Querida Maria Eu,
      As mães livram os filhos de quaisquer aflições.
      Beijos,
      Outro Ente.

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