sexta-feira, 30 de outubro de 2015

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Pequeno post dos não gosto

Não gosto de comer caracóis. Não gosto de sentir frio. Não gosto de mulheres que acham que os meus filhos estariam melhor consigo. Não gosto de pessoas que se julgam donas da verdade. Não gosto de ginásios. Não gosto de precisar de gasóleo antes de chegar ao destino. Não gosto de gravatas com amarelo. Não gosto de usar gravatas pretas. Não gosto de mulheres bonitas a dizer que tinham "ouvisto". Não gosto de andar em carros onde se fuma. Não gosto de Eros Ramazzotti e outros iguais. Não gosto de mulheres que usam sexo como moeda de troca. Não gosto de melgas. Não gosto que não haja caça. Não gosto de condenações públicas. Não gosto de dactilógrafos que se creem autores. Não gosto de não ter rede. Não gosto de sentir saudades. Não gosto de ver homens passar nas portas à frente de senhoras. Não gosto de lâmpadas fundidas. Não gosto de atrasos. Não gosto de não ter tempo. Não gosto de lápis por afiar. Não gosto de elevadores. Não gosto dos pis da via verde. Não gosto de bruxas nem de palhaços. Não gosto de quem nunca se cala. Não gosto de quem nunca tem nada a dizer. Não gosto de radicalismos. Não gosto que insistam. Continua...  

Se o blog fosse poema

Se o poema não serve para dar o nome às coisas
outro nome e ao seu silêncio outro silêncio,...
se não serve para abrir o dia
em duas metades como dois dias resplandecentes
e para dizer o que cada um quer e precisa
ou o que a si mesmo nunca disse.



Se o poema não serve para que o amigo ou a amiga
entrem nele como numa ampla esplanada
e se sentem a conversar longamente com um copo de vinho na mão
sobre as raízes do tempo ou o sabor da coragem
ou como tarda a chegar o tempo frio.


Se o poema não serve para tirar o sono a um canalha
ou ajudar a dormir o inocente
se é inútil para o desejo e o assombro,
para a memória e para o esquecimento.


Se o poema não serve para tornar quem o lê
num fanático
que o poeta então se cale.


(António Ramos Rosa)

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Modas

Enquanto me inclinava para uma parka azul, o Senhor Carlos tentava aliciar-me com um blusão em pele: "O Sôtor veja que este é o ano das peles...".
Estaquei perante a argúcia que, singelamente, explicava porque só me saem ovelhas negras com pele de lobo.
No final, acatei a escolha do meu filho que, determinado em ganhar mais um autocolante, rematou: "Ó pai, os tubarões estão sempre na moda!". 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Presságio?

Ela bebe, invariavelmente, coca cola light. Mesmo quando, à refeição, me acompanha provando o vinho que escolho, não dispensa a sua coca cola light. Reparo nela e em pequenos detalhes dela que não me desagradam, como este. Convidei-a para vir jantar hoje. Instruí a D. H. e frisei a necessidade de ter coca cola light fresca em casa.
Acabo de verificar que tenho, no frigorífico, 18 latas de coca cola zero.

Fetiche

As mulheres que se referem aos seus "filhotes" têm taras por lobisomens?

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O beijo*

É tarde. A noite já atravessou o vazio com as suas sombras. Passou lentamente por nós, como se trouxesse em si o limite dos mitos papões que se temem. O beijo tarda. Como se tivesse escolhido não ser, encolhido numa dimensão de temor nascida da herança decadente de um deus unívoco vivo no sol meridiano que nos cega. A boca misturava com a língua as palavras, fundindo-as com o barulho, com o crepitar do fogo, com o respirar do vinho. O beijo dentro da boca era como espinho na carne. Tão difícil era ele de guardar. O beijo seria mais do que leve rumor do amor. Seria sentimento tornado ato. Seria destino cumprido. Suspensa a espera que o tempo tornara alucinação, o beijo pronto encontrou os lábios já mortos!... De fome.  

*Em jeito de agradecimento a Teresa Borges do Canto.

Devem ser bailarinas

Andam sempre em bicos dos pés.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Com a devida vénia

O desafio de Lady Kina é bom demais para deixar passar sem resposta.

"Qual é o teu uniforme?"
Desamparado do Olimpo, procuro céu na terra, trajando uniforme multifásico, que protege a integridade personalista e concilia convicções e emoções avessas a uniformizações.
(Vestes adequadas às circunstâncias do desconcerto dos meus dias e à neura do mundo social.)

"De que te vestiste hoje? Para quem?"
De humanista, sujeito de valores éticos e profissional por imperativo moral. Para a vida prática da consciência.
(Fato escuro Pal Zileri, camisa branca Carrel, gravata monocromática Armani, cinto preto LV e sapatos pretos Boss. Para anónimos e conhecidos.)

"E quando te despes, envergas o quê?"
A gramática da desobediência e as minhas escolhas de paixões vividas.
(Nu? Só se for a Excalibur.)

"Qual a farda que melhor define o que gostavas de ser quando eras pequeno?"
O atrevimento forjado num pensamento alheio a cartilhas.
(Calções.)

"E agora, já crescido, não te cansa o fardamento?"
O fardamento que não é forma nem fim, pode não ser sequer condição. Suporto apenas a batuta da liberdade sábia da dignidade do Homem.
(Isto, de não ter senhores nem servos, permite sucessivas e variadas mudanças, a meu bel-prazer. Não chego a fartar-me, quanto mais a cansar-me.)

Em espera...

Aguardo permissão de uma Senhora.
Retomarei logo que seja concedida.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

A meia voz

Hoy he amanecido
como siempre, pero
con un cuchillo
en el pecho. Ignoro
quién ha sido,
y también los posibles
móviles del delito.

Estoy aquí
tendido
y pesa vertical
el frío.

La noticia se divulga
con relativo sigilo.

El doctor estuvo brillante, pero
el interrogatorio ha sido
confuso. El hecho
carece de testigos.
(Llamada de portera,
dijo
que el muerto no tenía
antecedentes políticos.
Es una obsesión que la persigue
desde la muerte del marido.)

Por mi parte no tengo
nada que declarar.
Se busca al asesino;
sin embargo,
tal vez no hay asesino,
aunque se enrede así el final de la trama.

Sencillamente yazgo
aquí, con un cuchillo...
Oscila, pendular y
solemne, el frío.
No hay pruebas contra nadie.
Nadie ha consumado mi homicídio.

(El Crimen, José Ángel Valente) 

Pode acabar em bem

Passo cada vez menos tempo a ver televisão. Poderia dizer que isso se deve à preferência pela leitura, música e projeção de filmes. Mas, considerando que tais preferências são de sempre, concluo não serem a causa deste resultado que é o aumento dos dias (semanas?) que passo sem a ligar. Ontem, ao fazer zapping, entre o que estava a dar e consultas à programação "antes" e "a seguir", constatei a singeleza: ainda gosto das coisas que têm fim. E acabam.

(Aborrece-me o anúncio das pilhas Duracell. O do coelho. Em tudo. Nas séries. Especialmente em sérias. Aquilo do tudo o que é demais. O fónix também era daquele tempo. Se nunca mais se decidirem, se ficarem para sempre assim, em continuo repeat...)

Por falar em acabar: terminei o volume I...

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

E que mais?

Não são as maratonas nem o dérbi, não são os candidatos nem o poc, não são as parkas nem os avisos amarelos, não são os limites de velocidade nem os ditadores de consensos.
É a lebre da Patagónia que jaz a meus pés. É o Esteves que volta atrás para me buscar a moto4. É o som da violência com que dois jovens muflões se confrontam. É saber que repovoar resultou. É o imperativo da vontade.
Há quem veja a preto e branco. Há quem alardeie tudo "às claras". Há quem não saia das trevas. Há o vermelho e o negro.

O amor em dose de fim de semana

Dizem que o amor é um pássaro rebelde, um cão dos diabos. Dizem que em todas as ruas se encontra e perde, que é uma companhia e um fogo que arde sem se ver, que é ridículo e obscuro e urgente, entre a sombra e alma. Dizem que o amor é de repente, à espera como nas estações. Dizem, ainda que mal pergunte, ainda que seja a tarde mais longa de todas as tardes. Dizem que o amor é um jeito muito mais quente e o sabor da tua boca. Dizem. Sê-lo-á.
Digo-vos que amor é ouvir soprar uma flauta, como se escutasse música.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Tautologias

Once upon a time, há muito, muito tempo, numa altura em que o D. Dinis era poiso habitual e eu era poeta sem penas, apresentei uma boa amiga a um conhecido. Casaram e divorciaram-se. Eu continuo com uma boa amiga e um conhecido.
Twice upon a time, há tempos, apresentei uma boa amiga a um dos meus melhores amigos. A Bia é a única mulher que aparece com uma pasta de ursinhos e jarras murano coladas nas unhas e, mesmo assim, ouço com interesse. O Canelas é um homem íntegro, bonacheirão em versão XXL, que se perde por fado e fotografia. Acabam de me dizer que vão casar. E isso não é mau...

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Uma questão de lentes ou revirar olhos

As gordas do dia aparecem-me como apanhados já vistos. Alguns posts lembram-me os jornais que guardo para o pintor. Leio entrevistas onde só vejo entrelinhas. Fidel virou Merlin. As famílias parecem coligações eco, mais ou menos friendly. Fotos de R-sorte, para o ano há mais, quer D. Sebastião venha ou não. Publicam-se as das teias de aranha lá fora, apesar de cá dentro, das telhas partidas num canto perto de si, das árvores raquíticas ao pé da porta. Sabendo que não gosto de Kutjevo, não resisto a encetar a garrafa, que nunca acabo. As mulheres feias também têm direito a selfies. O egoísmo, quando nasce, é para todos. Antes do GPS também se viajava. O pior era quando os mapas estavam desatualizados e um homem entrava ali e nas indicações só percebia a direção de Ring e as voltinhas à rotunda à custa da bússola, até descobrir Den Haag e ser o Senhor dos Anéis King of the Road antes do Titanic que já afundara. Ainda há quem lá ande, sem saber se segue à esquerda, se cruza à direita. Os barcos não afundam de repente. Ainda assim, por vezes é tarde. O melhor que fiz por mim, não digo. Isso de um gajo dizer que se despe e ficar de meias. A coisa mais idiota que me fiz? Chuva de pedras. Remendavam pedaços de calçada na passagem de carros da herdade. Paralelepípedos amontoavam-se e convidavam à brincadeira. Gritei chuva de pedras e atirei-as ao ar... Abri a cabeça pela primeira vez. Um mover de olhos, brando e piedoso, sem ver de quê. Gosto muito de poesia portuguesa. Falar "poesia portuguesa" soa-me Brasil. Resisto à piada fácil sem morder a língua. Opto por não resistir. Escolho ir a jogo.

Morde-me com o querer-me que tens nos olhos
Despe-te em sonho ante o sonhares-me vendo-te,
Dá-te vária, dá sonhos de ti própria aos molhos
Ao teu pensar-me querendo-te…

Desfolha sonhos teus de dando-te variamente,
Ó perversa, sobre o êxtase da atenção
Que tu em sonhos dás-me… E o teu sonho de mim é quente
No teu olhar absorto ou em abstracção…

Possue-me-te, seja eu em ti meu spasmo e um rocio
De voluptuosos eus na tua coroa de rainha…

Meu amor será o sair de mim do teu ócio
E eu nunca serei teu, ó apenas-minha?

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 13 de outubro de 2015

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Bordejar

Não me sinto uma gota de água no oceano. Talvez um marinheiro sem mar. Não me sinto rei dos mares. Talvez Neptuno ou Posídon, desde que tenha p e tripé. Não sinto que, ao leme, sou mais do que eu. Talvez o mostrengo tenha tremido três vezes. Não me sinto só. Talvez ninguém saiba o que ele diz. Não me sinto perdido. Talvez terno visionário meu amigo. Não me sinto esmagado. Talvez sonhando com Moby Dick. Não me sinto aliviado. Talvez um búzio mudo. Não procuro inspiração. Talvez ninfas, flores do mar. Não vou para refletir. Talvez olhe e contente-me ver. Não preciso de me afastar. Talvez se viesse o lobo ou a menina. Nunca me apareceram sereias nem monstros. Talvez morto ou revolto. Não trago estórias de aventuras fantásticas nem lições de vida. Talvez o velho e o mar. 
Velejar é preciso!
(Se alguma coisa tem mudado, será a consciência de que parto para voltar.)
 
 
 

domingo, 11 de outubro de 2015

Postal


Se ao menos fosse possível pensar sem palavras, estes seriam dias de silêncio.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Partida




Esta imaginação de sal e duna,
inquieta e movediça como a areia,
ergue, isolada, a praia, mais a espuma
que sereia nenhuma
saboreia…

Quisesses tomar tu este veleiro,
que em secreto estaleiro construí,
sem velas, sem cordame, sem madeira
- mas branco!, e todo inteiro
para ti…

Brilha uma luz de morte sobre o porto
saído mesmo agora da memória…
Ali estarei, à tua espera, morto,
ou vivo em minha morte
transitória…

Combinado. Que eu juro não faltar!
Contrário de Tristão, renascerei,
se pressentir, aérea, sobre o mar,
a sombra singular
do barco que te dei.

(Praia do Encontro, David Mourão-Ferreira)

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Um blog como recreio

Definitivamente afastado da meninice e ocupado em tarefas que, as mais das vezes, vedam aspirações a prazeres irreflexivos, eis que, de súbito, entram pelo ecrã raios de sol, navios piratas, farpas poéticas, telhados à lua...
Cativado pelo gozo que me dão aqueles instantes, que parecem ocultar convites à recreação e me deliciam com a sua boa graça, dou por mim a pensar em temas que me divertem, por mais desprovidos de valor intelectual que sejam.
Não ouso destinar este blog (que não quero definir por limites solenes, apesar da consciência de que não passa do que é), mera participação numa brincadeira de recreio. 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Ardina

Assume-se sem nome e para lá da blogosfera.
Se isto não são só blogs, aquilo não é só uma revista.
É uma blogo-revista.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Idiossincrasias e horizontes desertos

Ao princípio, o Da Moncada fazia-me lembrar moncos. Com o seu ar esverdeado, aparecia-me como uma lagarta gorda e reluzente. Associava-o ao tipo de homens que, por obter sempre um prazer idêntico, se abstrai do gozo de possuir a sua mulher, considerando-as - todas - substituíveis.
(Não sei o que nos permite, por vezes, sentirmo-nos de uma espécie mais elevada, como que subtraídos ao meio por um espírito imanente e oculto de generosidade e gratidão, cuja utilidade medimos pela ventura  que lhe encontramos.)
Com o tempo, passei a subtrair o Da Moncada de toda a sua cagança e achei-o homem sombra de um herói hesitante e resignado que cedo se suicidara.
Acontece cruzarmo-nos entre conhecidos. Sem temperamento de confidente, limito-me a observar o quadro convencional da criatura imponente, ilusória e esgotada. Outro dia, com instintiva polidez, ouvi-o queixar-se dos novos vizinhos das "casas premium", contando com ares de ficção como ouvira um escarcéu vindo do quintal e, assomando, vira o vizinho a tentar degolar uma galinha. Compra um homem uma "casa premium" para isto, lamentava-se repetidamente...
 
Entretanto, ocorre-me que já me endereçaram convites para a passagem de ano, mas ainda ninguém me perguntou o que quero para o Natal.  

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Gosto ainda mais das tira(da)s do Felipe

Um dia, Felipe responde à mãe que não pode ir tomar banho porque é um homem de negócios muito ocupado e está a cuidar da sua empresa. Na imagem seguinte, Felipe aparece dentro da banheira, desabafando que o problema da sua empresa é a liquidez.
E foi assim que descobri que a liquidez de uma empresa pode ser problemática... ou que o Felipe é um tótó... de esquerda...

Outro Ente também gosta de Mafalda


domingo, 4 de outubro de 2015

Olhar o copo

Os portugueses estão tão satisfeitos com o desempenho do presidente da câmara da sua capital, que não quiseram perder o autarca.
"Toda a ótica é cega para o que se não coordena com ela" (Virgílio Ferreira, Espaço do Invisível.)

Escolhas


sábado, 3 de outubro de 2015

Esta tarde

Saí de casa, para fumar a Montecristo pós prandial. Regressei para encontrar 8 (oito) menores de 12 anos, no alpendre, à minha espera. Os adultos estavam lá dentro e não se podia fazer barulho ali, disseram.
Maldizendo a minha vida, lá fui arrastado, à frente deles, em direção à lagoa pequena. Desconheço que forças do universo se conjugam e conjuram roubar-me à tarde planeada.
Devo dizer-vos que um me descreveu a visita que fez à "quinta pedalógica" onde havia "muitas coisas cientísticas", outra queixou-se "dói-me a riga e os bexins", outra notou que este era um dia de "regojijo" e outra ainda cantou "nothing else marries". 
Fomos livres para rir, esta tarde. Tão livres, que nem em liberdade pensámos. 

As mulheres são estranhas*

À saída do hospital, depois de uma semana de internamento: -"Leva-me ao cabeleireiro. É fim de semana de eleições."

*O título também poderia ser "hoje, é dia de champanhe ".

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Tem dias

Ainda não decidi se o Outro Ente só tem os dias bons, montado em unicórnios na companhia de afrodites, ou se também tem os outros...

Falácias musicais

As generalizações são abusivas. 
As generalizações são úteis. 
As generalizações são erradas. 
As generalizações são estatísticas.
Há estatísticas que resultam em mais de 100%. Serão úteis e/ou erradas?

Nada é mais melódico do que a palavra pai, na boca dos meus filhos.
Nada é mais malsonante do que a palavra pai, na boca de funcionárias de escolas.

Em geral, não gosto de música pop. 
Gosto de ouvir "eu não sei o que é que te hei-de dar" cantada pela voz melodiosa da minha filha.
(Que é feito do chinês que toca prato e canta?)

À noite, quando os souber a sono solto, embalar-lhes-ei os sonhos com o Canto de Luar (Ivo Cruz). Apetece-me o silêncio da música do silêncio.

(Angela Bacon)