segunda-feira, 11 de maio de 2015

Retrato da borga digo bloga


Não é preciso recorrer ao velho complicado que caducou, decrepitou e morreu e paz e descanso e sopas de galinha já não vale a pena e rip ainda estou para saber o que quer isto dizer. Além disso, todos sabem que no início eram os egípcios, aqueles dos hieróglifos que ensinaram os sumérios das somas a fazer letras de gente.
Revelo e relevo, que eu até sei a diferença, o mais fiel retrato da blogosfera, com o nome catita e impressionante - eu, pelo menos, acho, que me impressiono com pouco, até porque ainda nunca colhi flores no jardim suspenso nem apanhei secas e pó na biblioteca do Alex, que os ácaros fazem-me espirrar e eu cá é mais mergulhos quando me dá para passar por aquelas bandas - A árvore da vida.
Isto, está claro que são todos aves de arrivação (não há erro ortográfico, que a  palavra vem do arrivar francês e do arrivista bom português).
Poupo-vos a maçada do esforço intelectual facultando a cábula, até porque estamos em altura de ginasticar o templo que fomos atulhando e hoje é dia de descontãozão. E assim, sem mais demoras, tambores vai, já me sinto na arena, a legenda, que a papinha quer-se sem grumos, a uva sem grainha (Uva, és grande) e a cereja sem caroço, etc e tal que já chega:



Em cima, as superioras supervisoras que são as mais melhor boas com o rabo cheio de monogramas e olhar de quem não parte um prato.
De asas abertas, as espaventosas (aprendi esta palavra com o Ente e ainda não me esqueci que eu tenho esperto no cabeço) com casas imaculadas e refeições empratadas onde cabe tudo menos gente, modistas que não sabem pregar um botão, que exibem in fits e sonham ser a Lala ou até a Maria, mas sem pé não se dá coice e as asas são só para enfeitar, num pandã a contrastar com o segundo traço no olho a imitar as olheiras das festas em fatos cor de rosas murchas.
Logo abaixo as mamãs poedeiras de olhos pequenos derivados das noites, que o Estivil é mau, o lobo é mau, o tau-tau é mau, o biberão é mau e bom é o menino, o ranhinho do menino, beija-lhe o cuzinho, que até o xixizinho é santo, com a realização nos refegos e o desespero nos percentis, e nem que eu me mate que não lhe falta nada. De nada.
Os da crista alçada são os machos, esses alfas (lembram-se do ET? não é esse, é o willy) penteados em barbearias e em constantes disputas quanto ao tamanho do bico (ora reparem lá na imagem. Tenho razão? ó não que não tenho). São os maiores, os melhores e lá na sua rua são uns heróis. A fazer o quê, não sei, mas isto vai lá. Só não sei onde.
E, finalmente, numa milhentas vezes ensaiada pose jovial, presumindo camadas como a cebola (ora ide lá atentar novamente na pintura) querendo-se ricas e profundas como a vida, que se vai descascando camada a camada, as que podiam ser e os que tinham tudo para ser mas, faltando a graça divina, e porque já se sabe que vale mais cair em graça do que jograis, sabem, num saber de experiência e convicção feito, daqueles mesmo sintéticos e sem relativos, que o poeta escreveu para si. 

E tu? Ora, tu estás de fora a olhar o retrato, que isto aqui não há complicações de inversões encobertas. Mira! Mas mira bem...
 

5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Nunca atinarei com esta dualidade.
    Sorry.

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  3. Ah! o Tal Qual também veio dizer coisas, pensava que só se dedicava à parte musical...
    Eu? não, não sou nada a da animosidade, isso já está esclarecido, sou uma das pessoas que está de fora a olhar o retrato e agradeço a amabilidade que teve em facilitar a cábula, porque com o Ente, às vezes, uma pessoa vê-se aflita.
    Boa noite, Qual Outro que Tal

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  4. Tal Qual, devo andar por aí, quanto mais não seja a espreitar o ET(o Willy não me emociona).

    Bom dia. :)

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  5. Em casa da minha mãe há um painel de bordado de Castelo Branco que também serviria muito bem este propósito.

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