sexta-feira, 15 de julho de 2016

Teosofia

Não é preciso ter estado em Nice. Não é preciso ter memórias da cupidez feita no Negresco. Não é preciso ter fitado a Côte D'Azur com olhos clandestinos...
A exuberância da liberdade, da igualdade e da fraternidade não vêm em guias de viagem. Vivem-se em toda a parte. Numa festa de aldeia, na marina, num festival de verão, num concerto ao ar livre, no meio da multidão, num passeio solitário.
Chegam notícias de demónios de um deus que não conheço - imagens tão diferentes da cosmopolita Promenade que com vagar e paz calcorreei - e invade-me um sentimento de maresia, em jeito de catarse, para que o mundo não me morra de desumanidade.

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