Naquele tempo, caminhavam os Homens entre log e blog, como se das Torres de Gog e de Magog se tratasse, predizendo - os deslumbrados - a chegada de novos Messias. Nasceu então, entre as cigarras, a esperança de colher, se não sapientes certezas, pelo menos os anátemas rituais que transformam a água em vinho. E os blogs floresceram entre espontaneidades ensaiadas, alegres e saltitantes, sussurrando sob pseudónimos. Alguns tinham manias e outros tinham taras, mas ninguém vivia descontente naquele mundo em miniatura, fosse abrupto ou mafioso, mesmo que desejasse casar. Forjaram-se então alianças, ressuscitaram-se recontros das justas, aceitaram-se convites por deferência, antagonizaram-se vizinhos em simulacros de combates que visavam, sobretudo, o prazer das palavras.
Naquele tempo, ninguém se afastava do lago de Tiberíade para penetrar em Enganim.
Naquele tempo, sempre que um blogger descrevia uma aventura mirabolante ou titulava sob tempo real, tanto anónimos quanto mulheres trigueiras assombrados acreditavam.
Naquele tempo ainda não pululavam os milhos estourados...
Já está melhorzinho?
ResponderEliminar(aquilo deve ter sido o pastel de bacalhau, que lhe caiu na fraqueza)
E era um tempo tão bonito...
ResponderEliminarSe era.
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