Cumpriria O ofício de viver em 1984 com Sentimento do tempo marcado pel' O pêndulo de Foucault na República da Terra sem vida, habitando n' A ilustre casa de Ramires, ao lado d' A fábrica de chocolate, com Alice no país das maravilhas. Em tais circunstâncias de tempo e lugar, responderia pel' A importância de se chamar Ernesto, transfigurado em Júlio d' Os cinco. Voaria com Peter Pan Debaixo do Vulcão e nadaria As vinte mil léguas submarinas com Moby Dick, sob As ondas. Avistaria As brumas de Avalon enquanto desse A volta ao mundo em 80 dias através de longas Viagens pela minha terra. N' As vinhas da Ira salvaria todos os Pássaros feridos, que nem O cavaleiro da Dinamarca. Seria discípulo d' O conde de Monte Cristo, lacaio de D. Quixote e tutor de Os Thibault. Desprezaria Madame Bovary e amaria Jane Eyre vestida com O vermelho e o preto. Haveria Guerra e Paz e Crime e Castigo, mas já não haveria Os miseráveis nem O homem sem qualidades. Deixaria Ulisses partir sozinho e ficaria À espera de Godot até apreender a Mensagem e, aproveitando que Longos dias têm cem anos, seguir Em busca do tempo perdido. Respeitando Coração, cabeça e estômago, comeria Chocolate à chuva com Este rei que eu escolhi e dissertaria acerca do Ensaio sobre a cegueira enquanto não fosse bafejado pel' O som e a Fúria da Aparição. Então, proclamaria um Auto de Fé e viveria A divina comédia.
Se tivesse de escolher? Seria O grande Gatsby n' A montanha mágica.
Só um? Ficções!
Fantástico!
ResponderEliminarEm que livro viveria ana querida?
EliminarTalvez no O Homem sem qualidades.
EliminarSorri na parte d'O Cavaleiro da Dinamarca, da enorme Sophia de Mello Breyner Andresen, que li à Mironinho no passado mês de Dezembro, antes de lá irmos.
ResponderEliminarEra só um, assim não vale.
(Muito bom!)
Querida Mirone,
EliminarO rapaz de bronze é leitura obrigatória para a turma da minha filha. Outro dia, fui abordado por uma mãe que se inquietava com a leitura de Sophia "tão cedo", numa fase "em que estão ainda a formar os seus caracteres", sendo Sophia "tão desapegada dos valores da família", com "histórias tão sem mãe nem pai"...
Folgo em saber que leu Sophia a Mironinho. Também eu lhes li A noite de Natal ainda há bem pouco tempo.
Beijos,
Outro Ente.
(O notável caso do post que saiu muitíssimo melhor que a encomenda e não é surpresa nenhuma...)
ResponderEliminarExcelente, meu caro. Excelente.
E o comentário que saiu surpreendentemente simpático? Notável.
EliminarBom fim de semana caro Pipoco Mais Salgado.
Um abraço,
Outro Ente.
Difícil escolher só um. De facto. As escolhas, porém, podem variar de dia para dia. Hoje, diria que gostava de estar em "Como água para chocolate". :)
ResponderEliminarDa sua lista, não li seis.
ResponderEliminarCara Cuca, a Pirata,
EliminarIsto não é um concurso. Aliás, nem pense em transformar isto num concurso, que não quero ter de a desafiar. (Tenho mau perder, sabe?)
Deixe-me adivinhar: Ficções...
Um beijo,
Outro Ente.
Claro que li esse!! :))
EliminarÉ Borges!!
Não li os dois dos chocolates, o coração cabeça e estômago, o do vulcão, os pássaros feridos e não conheço isso do rei que eu escolhi.
Odiei a sonsa da Jane Eyre e esse mega logro literário de o rei vai nu mas ninguém admite porque é Joyce que é o Ulisses.
(Também muito haveria para dizer sobre o tremendo aborrecimento que é Proust.
EliminarOs meus preferidos da sua lista são o Guerra e Paz, ficções, as ondas, ofício de viver, a Alice e a Moby Dick.
Sonsa a Jane Eyre?!?!?!?!?! Bolas, tenho um conceito completamente diferente de sonsice.
EliminarDepois de uma infância e adolescência daquelas, ter o discernimento, o carácter, a coragem para enfrentar o estar por sua conta e risco, ainda por cima numa época daquelas, uma mulher por sua conta e risco, e ainda assim conseguir ser boa pessoa, sim, boa pessoa, e escolher não os caminhos mais fáceis mas aqueles que lhe pareciam os mais certos. Sonsa?!?!?!?!.
Peço desculpa por ter metido o nariz onde não sou chamada, mas fiquei aqui numa indignação que não me aguentei.
Boa tarde, a ambos.