Dizem que o amor é um pássaro rebelde, um cão dos diabos. Dizem que em todas as ruas se encontra e perde, que é uma companhia e um fogo que arde sem se ver, que é ridículo e obscuro e urgente, entre a sombra e alma. Dizem que o amor é de repente, à espera como nas estações. Dizem, ainda que mal pergunte, ainda que seja a tarde mais longa de todas as tardes. Dizem que o amor é um jeito muito mais quente e o sabor da tua boca. Dizem. Sê-lo-á.
Digo-vos que amor é ouvir soprar uma flauta, como se escutasse música.
Sim, um filho/a a soprar flauta, e um pai a ouvir música é amor.
ResponderEliminarMas o que me fez comentar este post foi a alusão à Estrela da tarde, de José Carlos Ary dos Santos, gosto tanto, mas tanto desse poema, que não tem explicação, olhe, não tem explicação, diria que tal como o amor. Gosto muito mesmo de Ary dos Santos.
Boa noite, Outro Ente.
É por dentro de um homem que se ouve o tom mais alto que tiver a vida...
EliminarUm beijo,
Outro Ente.
Podia ter de explicar um amor ainda maior. Pense só que poderia ser violino ao invés de flauta...
ResponderEliminarQuerida Mais Picante,
EliminarTeria de ser um violino muito afinadinho. A flauta é um instrumento cujo som me irrita. Tudo muito em passarinho, fininho, sopradinho, morticinho, inho.
Bom dia,
Outro Ente.