terça-feira, 26 de julho de 2016

Gambozinos de última geração

Começámos a sair para a rua, ao lusco-fusco, há quase uma semana. A voltinha, cada vez maior, é guiada alternadamente, ora por ele ora por ela. Sigo-os agarrando-lhes os colarinhos, para que não parem absortos no meio da estrada nem deem cabeçadas em postes ou tropeções em lancis. (Às vezes, lembro-me dos animais que abocanham as crias pelo cachaço e penso que essa seria a imagem acabada da nossa figura.) Rendo-me à pontaria dele e ao domínio das regras dela.
Entretanto, apanhámos 27 Pokemons - é certo que 13 são morcegos, mas se aparecem é para serem caçados e de nada adianta explicar a falta de interesse nos repetidos. O interesse deles é caçar! A adrenalina surge da vibração na sua mão assinalando a presença de outro ser. As bolas existem para ser usadas e poupar munições é conceito que lhes é alheio.
Ontem, eclodiu o primeiro ovo "ó que fofo" e só faltou pedirem para o dinossauro ir morar lá para casa. Também atingiram o almejado nível 5 e puderam, finalmente, entrar em ginásios. Porém, o seu mais forte com 113 não era competição para os que ali encontraram, com uma força de várias centenas e até milhares de pontos. Decidiram não sacrificar os seus bonecos "tão giros" e empenhar-se em fortalecê-los.
Com esta caça aos gambozinos já fomos ao cruzeiro, ao castelo e à biblioteca, a várias rotundas e a alguns painéis de azulejos, e já descansámos sentados nos bancos de uma avenida que diariamente atravessamos e onde nunca tínhamos estado. A sério.

13 comentários:

  1. "A sério" - Acredito! :)

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    1. Bom dia Anónimo!
      Está visto que, mais logo, nos encontraremos num qualquer pokestop por aí.

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  2. Tão bom. Felizmente que os meus lá pelos avós ainda não deram pelos gambozinos, já a mãe deles passou parte de uma noite num pinhal com uma saca e uma lanterna...

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    1. Querida Be,
      Lembro-me de ir apanhar pirilampos com os meus primos. E grilos. Munidos de caixas de fósforos vazias e de pequenas gaiolitas de plástico.
      Bom dia,
      Outro Ente.

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  3. Hoje à hora do almoço, uma advogada sénior que almoçava comigo, levantou-se de repente e disse-me: não se mexa!!! tem um pokemon no prato!!!
    Ao que se levantou, veio caçá-lo, e voltou para o lugar.

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  4. Fui apresentada recentemente a essa nova espécie. Por aqui não há muitos morcegos, mas abundam uns acaranguejados.

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    1. Evidentemente, querida Cuca. Qui se ressemble, s'assemble.

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  5. É que são mesmo giros, os ditos! E lá que fazem as pessoas andar, também é verdade!

    Boa noite, caro Ente, e um beijo :)

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    1. Querida Maria Eu,
      Entretanto, descobrimos o interesse em caçar repetidos. Estou convencido de que esta vais ser a marca do Verão 2016 para os meus filhos, que deram por si a sair de casa todos os serões.
      Um beijo,
      Outro Ente.

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  6. Temos muitos preconceitos sobre as coisas, o seu testemunho desconstrói isso e ainda bem.
    ~CC~

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    1. Olá CCF.
      Desejo continuar a revirar os olhos, sempre que ouvir "no meu tempo é que era bom". E a divertir-me!, seja com imagens engraçadas de Pikachus montados em pescoços de Pokémon Goers, seja a caçar Pokémons. Até a Hara e a Milú têm bem a dizer...
      Bom dia,
      Outro Ente.

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  7. Também vejo vantagens na coisa. A conta é minha, ando muito ( já andava) e gosto de caçar os que não tenho ( alma de coleccionadora) o meu filho sabe tudo das regras, alimenta-os, fortalece-os , manda-os para o professor e faz muitas contas, define a estratégia nos ginásios e luta por mim, sinto-me assim uma espécie de rainha com um infante general. Acautelando os atravessamentos e as colisões é um jogo bem divertido.
    Para variar dos morcegos parece que a receita é rumar às montanhas ou à praia. O bichos têm habitats próprios e as cidades são terras de morcegos e passarocos.
    Boa caçada :)

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