quarta-feira, 4 de maio de 2016

Alacridade

Nem todos os caminhos que percorro são estradas de estórias.

Ontem, ao final do dia, conduzia no caminho de regresso e, finalmente, pensei em escrever. Foi catártico. Muito poético. Ary dos Santos com Pessoa e Paulo de Carvalho. Os insectos a bater no vidro, interromperam-me antes da materialização. Tau-tau-tau. A princípio ainda pensei que fosse areia, tal a frequência, mas deixaram no para-brisas a prova da sua essência. Para abafar aquela cadência de morte, aumentei o som do desalento à espera da construção. Lembrei-me daquela outra vez, lá longe. Engraçado! Costumo rir quando as coisas correm menos bem. Naquela vez, porém, não me ri. Tive medo. Desta vez, também tenho medo. Medo de voltar a ter tanto medo assim.

9 comentários:

  1. Pior do que o medo, é o medo de se voltar a ter medo...

    Um beijinho, querido Outro Ente

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    1. É mesmo, querida Miss Smile. Sofrer por antecipação é um disparate. Hoje, está um dia tão bonito...
      Bom dia,
      Outro Ente.

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  2. Venho desejar-lhe muita paz de espírito. O medo há-de recear essa paz.

    Beijos, caro Ente :)

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    1. Maria Eu,
      Enquanto a paz não vem, rir para que o medo se vá.
      Um beijo,
      Outro Ente.

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  3. entendo tão bem esse medo. eu e ele, o medo, temos sempre agendadas negociações para um acordo de paz...
    pronto...:)

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    1. Cara Ana,
      Felizmente, costumamos ter agendas desencontradas. Infelizmente, temos encontro marcado para breve.
      Um beijo,
      Outro Ente.

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  4. Às vezes ficamos assim...não sai nada. sem palavras...
    Deixo-lhe um beijo, Outro Ente.
    Força.

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