Na madrugada fantasmagórica, surge um mar de piratas povoado de navios decadentes sombreados pela maresia. Os meus falcões têm asas de toalhas e lançam-se em voos corridos até perder de vista ou faltar o fôlego. O que vier primeiro. Agosto eclipsou-se da nossa praia para as filas nas padarias. Sobre um areal deserto, o vulto fez içar uma bandeira sem caveira, de cor amarela, certamente receoso de nos perder para a maré. À beira mar construímos torres inventadas que nos elevam a fantasia de sermos reis de rapina. Éramos três falcões. Os únicos a existir...
O sol descobriu-nos envergonhados das asas postiças. Não dos voos alados.
Os melhores dias de praia são assim... nós e quem importa.
ResponderEliminarBoas férias!
Querida Be,
EliminarEsses são, de facto, os melhores dias. Com ou sem praia.
Um beijo,
Outro Ente.
As melhores estórias têm piratas, torres inventadas e sorrisos genuínos.
ResponderEliminarBoas férias Outro Ente.
Querida Imprópriaparaconsumo,
EliminarPor vezes, temos a ventura de os juntar a todos num mesmo instante.
Um beijo,
Outro Ente.
Sebastião, és tu?
ResponderEliminarBandarra?
EliminarPor mais que trove, não regressará o Messias.
Um beijo,
Outro Ente.
Deram asas à imaginação e foram o que vos apeteceu. E é tão bom, deixar a imaginação voar e deixar os corpos seguir-lhe o rasto, sem vergonha dos voos alados. Nem das asas postiças é de sentir vergonha.
ResponderEliminarContinue Com asas, sim, também na ponta dos dedos, só assim se descrevem desta maneira os voos.
Que simpatia menina Cláudia.
EliminarObrigado,
Outro Ente.
Ainda não descobri melhor terapia que o Sonho.:)
ResponderEliminarBoas férias. Espero que pelo seu marear se cruze com o cântico das sereias.
Querida Sandra Louçano,
EliminarDesconfio sempre de sereias. Receio ser enfeitiçado, como os marinheiros do Bojador. Paradoxalmente, continuo a sonhar com boa esperança.
Um beijo,
Outro Ente.