Desorientada por uma verdade que sempre lhe escapava, transtornada pelo fulgor que só a ela hipnotizava, Ursa pôs-se a dançar, rodopiando e chocando todos os pirilampos do universo. Tomada pela vertigem, duvidou que pudesse regressar à carne o que perdera o coração para conservar a razão. Nesse instante fugaz em que a dúvida revelaria a verdade, em que o raio contaminaria a escuridão, Ursa compreendeu. Então, possessa, enganchou-se no remendo e, sem artimanhas, fundiu-se com Plutão.
Afinal, também este havia sido expulso...
Moral da estória: é dos censurados que elas gostam.
Resultou em fusão, mas com Plutão? ah! as idiossincrasias de uma alegoria!
ResponderEliminar"elas" tendem a gostar de redimir, ou se preferir, gostam da ilusão de um suave milagre (foi uma muito boa sugestão, obrigada).
Boa tarde, Outro Ente.
Querida Cláudia,
EliminarFolgo em saber que gostou da sugestão. No mais, a redenção pertence ao eterno feminino. Ainda bem.
Um beijo,
Outro Ente.
Perder o coração para conservar a razão? Chamaram-me??? :)
ResponderEliminarQuerida Cuca,
EliminarA Pirata não quererá regressar à carne... perdendo o coração, roube outro, perdendo a razão, lute sem regras.
Um beijo,
Outro Ente.
Há sedes assim... Insaciáveis!
ResponderEliminarBoa noite Outro Ente e obrigada pela história. :)
Boa noite querida NM.
EliminarUm beijo,
Outro Ente.