domingo, 10 de maio de 2015

Desconcertos a Cecília sem enquantos

Ver a beleza no pescoço tenso da jovem flautista e sentir-lhe as carícias dos dedos. Encanto. Ver o esforço no suor das têmporas do amish contrabaixista que se enrola nas suíças e sentir-lhe o treino. Todo. Ver a concentração no sobrolho franzido do violinista japonês e sentir que o mestre de shaolin se elevou. Inteiro. Ouvir Franz Von Suppé e cavalgar com Lucky Luke em direção ao pôr-do-sol. Só.
A emoção é uma experiência presencial. A experimentação da emoção distingue os que vão aos concertos daqueles que, sabendo a ciência toda, optam, invariavelmente, por ir dormir.


4 comentários:

  1. A emoção do directo, da observação do detalhe, ainda que depois se fique de olhos fechados, não tem igual!

    Beijos, caro Ente, e um excelente dia. :)

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    1. Querida Maria Eu,
      Costumamos ouvir música enquanto... descemos no elevador, conduzimos, trabalhamos...
      Música em concerto, não tem nada a ver. Aprende-se música de muitas formas. Mas aprende-se a gostar de música na presença indisputada, com pele de galinha e garganta apertada.
      Uma boa semana,
      Outro Ente.

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  2. Quando a música toca a pele, tudo fica perfeito. :)
    beijos

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    1. Querida Just Things,
      Como o peter pan que nos eleva.
      Bom dia,
      Outro Ente.

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