Ser português é ser mais alto, é ser maior
Do que os invejosos! Trabalhar como quem sabe!
É ser equilibrado e dar como quem seja
Rei dos pobres e dos offshore!
É nascer em dias grandes
E não saber sequer o que é o Inverno!
É ter cá dentro a empatia que lampeja,
É ter história e língua de descobridor!
É ter fado, é ter saudade!
Para todos, as manhãs de sol e sal...
É condensar o mundo num só povo!
E é gostar, assim, francamente...
É ser fé e corpo e esperança no mundo
E dizê-lo escrevendo a toda a gente!
Florbelo?
ResponderEliminarDesdenha de minha oferenda? Proposta para letra de hino, a ser musicada para o próximo festival. Aguardo a sua.
EliminarBeijos,
Outro Ente.
Como desdenho? Só se for como no ditado popular.
Eliminar(isso não se faz, festivalar um hino pode ser tremendamente ofensivo. Como se não bastasse adulterar um poema, quer torná-lo festivaleiro. Amanhã de manhã terá o seu poema. Boa noite)
Por Júpiter, ofensivo? Adulterar? Je suis Febo. Ou será Nero?
EliminarPeço desculpa, Outro Ente, mas não consigo grafittar esta parede.
ResponderEliminar'Ode para o Futuro'
Falareis de nós como de um sonho.
Crepúsculo dourado. Frases calmas.
Gestos vagarosos. Música suave.
Pensamento arguto. Subtis sorrisos.
Paisagens deslizando na distância.
Éramos livres. Falávamos, sabíamos,
e amávamos serena e docemente.
Uma angústia delida, melancólica,
sobre ela sonhareis.
E as tempestades, as desordens, gritos,
violência, escárnio, confusão odienta,
primaveras morrendo ignoradas
nas encostas vizinhas, as prisões,
as mortes, o amor vendido,
as lágrimas e as lutas,
o desespero da vida que nos roubam
- apenas uma angústia melancólica,
sobre a qual sonhareis a idade de oiro.
E, em segredo, saudosos, enlevados,
falareis de nós - de nós! - como de um sonho.
Jorge de Sena, in 'Pedra Filosofal'
Querida Mirone,
EliminarDescaradamente roubado a Jorge de Sena. Não tem pejo? Eu, pelo menos, Espanco. Além disso, não me parece cantabile. É para ler em sossego, não para ecoar no início dos jogos. Enfim, não a prendo à sua promessa, que a manhã já vai a meio e nada.
Bom dia,
Outro Ente.
Outro Ente, eu quis. Olhei para o poema como quem olha para uma parede branca, de um monumento bonito. Mas depois pensei nos grafittis, que se não forem bem feitos, não passam de vandalismo e não quis vandalizar um monumento da poesia portuguesa como o que aqui lhe deixei.
Eliminar(quanto mais penso nele, mais adequado ao nosso hino me parece)
Esperarei pela inspiração do almoço, não desanime.
Tão bom, Outro Ente.
ResponderEliminarParabéns.
Beijo,
Linda Porca.
Cara Linda,
EliminarComplacência sua, resultado, talvez, dos anti-histamínicos. Obrigado pela bondade.
Beijos,
Outro Ente.
Ora, Outro Ente, não é preciso drogar-me para lhe reconhecer qualidades, que modéstia é essa?
EliminarMas ri-me, porque teve verdadeira piada, a sua resposta. Apesar de ter tossido desalmadamente de seguida, agradeço-lhe, porque uma boa gargalhada não tem preço.
:)
Beijos,
Linda Porca.