Ainda o jantar ia a meio, quando se ouviu: "depois, podemos dar um passeio?". Traduzi, para os demais convivas, que o intuito dos meus petizes era caçar pokémons e prometi-lhes que, mais logo, iria caminhar com eles.
Entretanto, apercebi-me de que os petizes começaram a trocar animados sussurros e risinhos com Edite.
À hora da despedida, sou informado de que Edite "também vai caçar pokémons connosco". A filha tratara de lhe instalar o jogo no telemóvel e até já tinham escolhido uma menina com um "nome fixe" (provavelmente, porque este pai escolhe nomes como lçkjlkh ou kjggjhg).
Enfim, naquele serão, ele caçou com o meu telemóvel e ela com o de Edite. Não houve insatisfações com o número de bolas gastas. Ninguém se queixou das vezes em que os alvos fugiram. O pai não teve de controlar o tempo para ir alternando "agora é a vez do teu irmão" com "agora dá o telemóvel à mana".
Desde então, todos os dias, invariável e insistentemente, massacram-me com a ladainha: "podes convidar a Edite?".
...cheguei a ponderar comprar mais um telemóvel.