quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Hálito de um mundo embaciado

(Toso Dabac)

Longos passeios solitários em noites de nevoeiro. Sapatarias em vez de cafés, aos pontapés. Edifícios de uma baixa exibem cicatrizes de guerras. Pessoas que se esforçam por entrar numa prisão onde também nós escolhemos estar. Talvez nos evadíssemos todos. É entre nativos que não gosto de falar estrangeiro. Não existe nenhuma novidade em dizer que a constituição se constitui. Ignora-se o devir quando só importa chegar. Decalcam-se os padrões, mesmo os não contemplados pelos copistas. À chegada, ela convidou-me para jantar.

1 comentário:

  1. Haja sempre alguém à nossa espera no final da jornada.

    Beijos, caro Ente, e um dia feliz :)

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