Dizem que a lógica da caça consiste em o caçador procurar uma presa que foge. Se eu visse uma lebre correr na minha direção não sei se me desviaria, mas lá que não lhe comeria a carne, temendo a gripe das lebres loucas...
Dizem que a lógica da guerra é atacar e esconder, procurando matar e sobreviver. Se alguém procura matar e morrer, não guerreia, aterroriza. Mas lá que precisamos de mais do que de armas de guerra para combater...
Dizem que é preciso sofrer para ter algo a dizer. Passei uma semana sofrendo com dor de dentes. Nunca me apeteceu falar...
Não que me doam o dentes, mas estou triste e também não me apetece falar.
ResponderEliminarTer de combater sempre é um destino terrível.
Um abraço.
Caro JM,
EliminarLutar pela Paz... O paradoxo.
Abraço,
Outro Ente.
A lógica da caça. Já foi a única maneira de se conseguir arranjar alguma proteína para comer, e a proteína fugia, claro, pois não estaria na disposição de se transformar em iguaria.
ResponderEliminarTambém se diz, há muito tempo, que as guerras não têm lógica nenhuma, mas há sempre os que insistem, e os que já estavam no caminho do combate sem armas de guerra lá acabam, novamente, de armas de guerra em punho. Os que aterrorizam guerreiam, com armas, contra gente desarmada, gente que concorda com os que dizem que as guerras não têm lógica nenhuma.
"Dizem que é preciso sofrer para ter algo a dizer." Eu concordo com o que disse Garcia Marquez, "vivir para contarla", essencialmente, é preciso viver, existindo de facto, para ter algo a dizer, mas eu não sou apologista da estética do sofrimento. Viver e deixar viver, costuma resultar em coisas para contar e ter vontade de o fazer.
Boa tarde, Outro Ente. Espero que não perca a vontade de dizer coisas, apesar de todas as dores e de todas as guerras.
* García Márquez
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ResponderEliminarMais estranha é a permeabilidade entre a presa e o caçador.
ResponderEliminarBoa noite, caro Ente, e um beijo