Após aturada prospeção de mercado, na sequência de irrefutáveis estudos antagónicos e com base no apuradíssimo faro de Hara, eu próprio, na pessoa da minha belíssima figura e em representação de moi même, amigo pessoal, encontro-me quase autorizado a referir que V. Exa tem lugar à disposição na fundação a ser diligenciada, em vias de ser financiada, para eventuais futuros ocasionais sem sim nem sopas só papos cheios.
Assim, e com vista a afastar os pombos cagões das quase prontas fachadas, a terminar e em fase de acabamentos, com Ph de última geração, de instalações ultraleves spé invisíveis a ver, deverá V. iminente Eminência ter disponibilidade para estar à disposição, apresentando-se imediatamente, aqui e já, se, quando e onde lhe vier a ser solicitado, alguma vez por hipótese, ainda que académica, e que, apenas por mera cautela e em termos de raciocínio, se admite.
A sua contratação como ladrador-mor depende do preenchimento de um único requisito e/ou condição irrisório/a, quase nada, consistente em, atenta a necessidade de salvaguardar futuras eventualidades daqueles casos em que uma pessoa nunca sabe, pode mesmo acontecer talvez, e de modo ainda a acautelar, prevenir, reduzir e quiçá chegar mesmo a obstar a quaisquer tratamentos, iniciativas ou javardices de cheirar cus, fazer prova da sua castração ou, em alternativa, de ser castrado.
Isto, evidente, clara e notoriamente com vista à sua admissão imediata. Sem prejuízo de, bem analisadas as coisas e realizada a devida ponderação dos valores, interesses e demais circunstâncias em causa ou jogo, logo se verá.
Na certeza do seu esgan(iç)ado ão, despeço-me com um amistoso quase amigável "busca, vai buscar",
Assinado: o fundador da fundação infundada.
Caramba, o cargo de uma vida assim à distância de um "click" (ouch!)... não fosse esse o requisito/condição imposto e estou em crer que uma matilha de bracos se perfilaria a esta hora à porta da infundada, contudo plena de fundos, porquanto financiada, fundação.
ResponderEliminarQuerida Mirone,
EliminarDos eunucos não reza a história, mas "laikam" os sociais. Arys há poucos.
Um beijo,
Outro Ente.
Habituados que estamos a mostrar agrado carregando num botão que nem botão é, e na verdade nem nele carregamos, não deixa de ser sinal de valor o facto de aqui escrevermos umas linhas, “só” para dizer - Gostei tanto! Belíssima prosa sobre o virtual pouco virtuoso, de resto em sintonia com aquilo que o dinheiro é, coisa que não existe mas vive da ideia da sua própria existência.
ResponderEliminarQuerida mgp,
EliminarO seu "like" de palavras agradou-me tanto que estou tentado a responder "like like". Em vez disso, digo-lhe obrigado com esta música:
https://www.youtube.com/watch?v=p9HZGkOUPug
Um beijo,
Outro Ente.
E bolas? Ainda sobram fundos para a aquisição de bolas?! :D
ResponderEliminarDoce Palmier,
EliminarNão me lembro bem, que a idade permite destas desculpas. Mas, da última vez que não recordo, o Manel ainda tinha a bola. Ou já estaríamos na fase do "Manel tinha uma bola, mas agora não tem não"?
Os fundos sobram sempre, que há quem não goste de rapar o tacho. E, de todo o modo, Canis esquecerá as bolas, quando descobri os fundilhos. Sem fundo.
Bom dia,
Outro Ente.
Isso é tudo muito bonito mas eu só consigo ler neste "pseudocontrato" os deveres, obrigações, requisitos e condições. Então e a remuneração? Será em géneros ou em bolas, relevo que a única referência a bolas que consegui observar é a que deixará Canis a ladrar que nem eunuco.
ResponderEliminarQuerida Be,
EliminarContratos? Pffff, isso é indigno de nós. Movemo-nos na solidez do acordo de cavalheiros, um gentleman's agreement, vraiment amiable. Então e o prestígio de me servir? Vou pensar na sua dica, talvez lhe deva cobrar... À saúde!
Um beijo,
Outro Ente.