Um blogue delico-cool, onde o tal e o outro dão graças por não saberem que não sabem o que não sabem.
sábado, 4 de abril de 2015
Amêndoas
Sentado neste alpendre, na companhia deste Quinta do Noval 1937 e do meu Cohiba preferido, vejo as amendoeiras que sempre aqui vi.
Lembro-me de quando as amêndoas eram apanhadas e colocadas em tabuleiros de madeira, que os homens, um de cada lado, levavam até à eira, para que secassem.
Lembro-me que depois, com canivetes, eram despidas da casca mole, já tisnada, e colocadas em sacos de serapilheira. Havia tantas amêndoas, que a eira se tornava pequena à medida que se amontoavam os sacos.
Lembro-me de estar sentado no murinho de tijolo miúdo que delimitava o círculo, cobiçando as amêndoas e mirando o seixo com que as partiria...
O avô dizia: "-Antes quero saber-vos a comer um torrão de açúcar do que a comer amêndoas na eira."
Talvez, por isso, não goste de comer amêndoas.
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