Gilbert Garcin, Le témoin
Estranho, pensava ele, enquanto observava a cena que se desenrolava perante os seus olhos, como um espectador atento, ao invés do participante que era.
Alguém abanou a cabeça da noiva, que jazia naquela cama de hospital, tão alva como os lençóis e asséptica quanto o cheiro do quarto, num estado aparente de inconsciência.
Ele, conscientemente alheado, falou que sim. Depois, assinou. E saiu do quarto, vendo de soslaio pegarem na mão de sua noiva, forçando-lhe o nome no papel.
Deixou o hospital casado. Sentia-se tão só como sempre.
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