quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Não perguntem pelos olhos

Cabelo de rato, tingido. Testa sulcada, de tanto franzir. Do pescoço de galináceo pende o atacador que prende os óculos. As mãos entram nas mangas de onde saem os pulsos contrários, num auto-abraço de fragilidade repulsiva. O pulôver rosa engomadinho e justinho efeminiza-lhe o tronco franzino. Diz que está cansado de ter problemas.

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