terça-feira, 21 de julho de 2015

Sem lugar para reclamações

No âmbito deste ciclo blogo-histórico, assistimos a uma tentativa ministerial (apud banco central) de tocar todos os burros, num esforço para impor uma ordem de selos-aviso.
Caros todos, só obteremos aquele qualquer coisa por que ansiamos se não abdicarmos do "dever ser" de um blog, que deverá ser procurado a Oriente do Oriente do Oriente, sem qualquer ponto final na divagação do blogger.
Neste blog, a fundamentação em termos argumentativo-concludentes supera a demonstração apodítica. Até porque, a humanidade deste Outro passa por eliminar erros seus de amor ardente e não por aceder à verdade, sem contudo pretender falsificar os portos onde se vai abrigando.
Esta instabilidade bloguística que nos integra, nos situa, nos relaciona, nos põe em correspondência uns com os outros, vai-se reconstruindo, tal como nós, a cada post.
Daí que me oponha a todas as leis que pretendam prender o instável. Recuso as normas de imanência intencional heterónoma que não devêm da constituenda dialética tridimensional formada por post-comentário-resposta. E faço-o com todo o à-vontade, uma vez que não sou senhor de blogoeuros e donde não há não se pode tirar, que vale muito mais do que quem não deve não teme.
Ligo-me ao mundo olhando-o com apetência e sem petrificar a dialética potenciada pela emergência de comentadores descontentes numa burocracia de reclamações. Faço, porém e como me convém, uso de um critério seletivo puramente variável da minha vontade.


12 comentários:

  1. Respostas
    1. Querida Mirone,
      Será a minha deixa para "Então até logo." Ou estamos a falar em código, porque na realidade não é um dos acólitos do exército pró-reclamação? Neste caso, passe por mim no Rossio, que o Evaristo tem lá disto.
      Um beijo,
      Outro Ente.

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    2. Serei sempre pró- reclamação, ainda que desprovida de qualquer razão. Que se reclame, que não se cale uma voz discordante. Saber a quem assiste a razão, ou se assiste, é outra conversa.

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    3. O institucionalizado como politicamente correto, que não distingue entre trigo e joio, grassa.
      Serei sempre pró-reverso da medalha. A um direito corresponderá um dever. Reclamar sim, mas com fundamento e respeito. (Ter razão é outra coisa.)

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    4. Pois sim. Cumprirei o dever, se neste blog não se aceitam reclamações procederei em conformidade.
      Bom dia!

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    5. Eu... Ai!... o "procederei em conformidade" de hoje é o "vou chamar o meu pai" de ontem?... tremo. Vou dizer à minha mãe...

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    6. Queixinhas? Eu? Não podia estar mais enganado. Então se aqui não se aceitam reclamações ia fazer queixinhas de quê?
      Procederei em conformidade quer apenas dizer que assumirei atitude conforme, não reclamarei.
      Sorriso rasgado.

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    7. Hum... Acho que me estou a sentir... Acho que está a tentar... Enfim. Sorri...
      "Se eu te olho e tu me olhas,
      Quem primeiro é que sorri?
      O primeiro a sorrir ri. (...)
      E estamos os dois falando
      O que se não conversou
      Isto acaba ou começou?"
      Rio com gosto.
      Bom dia,
      Outro Ente.

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  2. Ó da guarda, prendam-no, temos aqui um anarquista!

    (este texto foi escrito pelo mesmo escritório de advogados a quem teremos posteriormente de pagar para o interpretar, certo? :DDDDDDDDDDDD)

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    1. Doce Palmier,
      Renego a anarquia e a tirania. Prenda-me por ser amante da democracia, pois prefiro perder a vida à razão de viver.
      Este contestatário, que vê o luar duas vezes e o céu a abanar, vai-se pirar de mansinho.
      (Foi o único que conhecia o DL 23456/2015 na ponta da língua.)
      O gozo que isto me deu. Obrigado.
      Um beijo,
      Outro Ente.

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  3. Ehhh...mas pode-se reclamar na mesma ou não?

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    1. Caro Anónimo,
      Pode comentar livremente. Agora "reclamare" do latim "gritar contra", não. Neste blog pode manifestar desaprovação. Aos gritos é que não.
      Bom dia,
      Outro Ente.

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