sexta-feira, 3 de julho de 2015

A importância das coisas

Não gostas de posta mirandesa. Não ligas a política. Não vais ao futebol. Não perdes tempo a olhar a lua. Não suportas janelas abertas. Não admites cães em casa. Não concebes poesia sem rima. Não agradeces surpresas. Não ouves música sem letra. Não tens tempo para não fazer nada... Enfim, ninguém é perfeito.


O que não perdoo é que nunca jogues Sem Palavras, nunca construas com Legos, não atentes no Xadrez, esqueças as regras do Poker, recuses desenhar uma ovelha... Teria bastado a caixa.

17 comentários:

  1. Estava tudo a ir tão bem até à ovelha e à caixa... paciência, ninguém é perfeito.

    Boa tarde, Outro Ente.
    ;)

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    1. Querida Mirone,
      Estava tudo a ir tão menos bem... Não sou paciente. Nem perfeito.
      Um beijo,
      Outro Ente.

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    2. Bem sei que fiz o comentário na sua caixa, que parece que lhe estava a pedir paciência, mas o "Paciência..." era eu a falar com os meus botões (esperava mais do que a ovelha e a caixa).

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    3. E, no entanto, era precisamente um desenho. A paciência para desenhar uma ovelha... ou um carrito, vá. Até podia estar na garagem ou ter só duas rodas...

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    4. Agora lembrei-me de uma anedota.
      Ele - Então minha querida, agora que o teu aniversa´rio se aproxima, que presente gostavas de receber?
      Ela, muito dengosa - Sei lá, amor, talvez um rádio. Sim, gostava de receber um rádio, pequenino, preto, daqueles que trazem um carro à volta.

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    5. Olha, outra que não gosta de surpresas...

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    6. Quem eu ou a dengosa?
      Eu adoro surpresas e tenho a sorte de quem me rodeia me conhecer suficientemente bem para só me fazerem surpresas boas (se calhar por isso é que gosto tanto).
      Ainda assim, gostando de surpresas, sou má a fazê-las, fico impaciente e tenho tendência a descair-me.

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    7. Referia-me, evidentemente, à das "indiretas" tão direcionadas que acaba a dizer marca, modelo e cor.
      Bom fim de semana,
      Outro Ente.

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  2. Desvalorize, talvez já não tenha tanta importância assim.

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    1. Querida Be,
      A pedra de toque está, precisamente, no "já".
      Bom fim de semana,
      Outro Ente.

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  3. Talvez o essencial seja tomar conta da rosa... mesmo que não saiba desenhar ovelhas, talvez se tenha esquecido. Os homens esquecem-se de tanta coisa, há que lembrá-los. Já todos soubemos desenhar ovelhas, e vê-las dentro das caixas de quem não sabe desenhar ovelhas, se calhar alguém tem de nos fechar os olhos para ver o essencial.
    Boa Tarde, Outro Ente

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    1. Querida Eva,
      O seu comentário é muito bom.
      Por vezes é mesmo preciso ter os olhos bem abertos, que o sonho não basta.
      Um bom fim de semana,
      Outro Ente.

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    2. Gosto antes de pensar que se o sonho não basta é porque talvez não tenhamos os olhos bem abertos...
      Bom fim de semana, Outro Ente.

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  4. Todos somos muito imperfeitos. Ser imperfeito é um direito. E todos temos o direito de escolher as imperfeições dos outros, com as quais não conseguimos viver. A nossa vida, apesar de imperfeita, não tem de ser um inferno.
    Agora, neste preciso momento, importante, é desejar-lhe um bom fim de semana. Que seja perfeito, apesar de todas as imperfeições.

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    1. Querida Cláudia Filipa,
      Não sei se é um direito ou se não passará de uma inevitabilidade.
      Agradeço e retribuo os votos de bom fim de semana.
      Um beijo,
      Outro Ente.

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    2. Se tiver consciência das suas imperfeições e ainda assim as mantiver, está a fazer uma opção, é como se dissesse, eu sou assim, sei que não sou perfeito, mas sou como sou porque assim sou mais feliz, por exemplo, está a conferir a si próprio o direito à imperfeição. O estar ciente de, dá-lhe o poder de evitar, se quiser. Talvez, neste caso, penso eu, a inevitabilidade só aconteça, quando não temos consciência das nossas imperfeições, porque se não temos consciência, ficamos incapacitados de evitar. Isto agora remeteu-me para aquilo do desconhecimento da própria essência e para o que acabo de ler no seu post seguinte "onde tudo se resume com eloquente clarividência: vivemos como se soubéssemos aquilo que somos, conta Lydia Davis."
      ( Não precisa de escrever Cláudia Filipa, é só Cláudia. O Filipa só passou a aparecer, porque gosto de assumir as palermices que digo, neste caso escrevo, mas só mesmo aquelas que sou eu a escrever).
      Aproveito também para lhe pedir desculpa, por ter contribuído para que uma caixa de comentários sua, tivesse ficado tão feia.
      Boa noite, Outro Ente

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