Querida Maria Eu, (Gostei de a ler branca e (en)cantadora, hoje. Notei a sua ausência - não aqui, evidentemente, mas na sua vez - e assumi que se devesse a uma outra ausência.) Só deste mundo aqui me ocupo, escapando do outro que sempre me ocupa. A César o que é de César. Um beijo, Outro Ente.
No colégio, das pouquíssimas vezes que um professor faltava, em vez de irmos para o recreio, ficávamos a estudar na sala de aula com um vigilante - o que costumava estar na biblioteca (acho que agora se chamam auxiliares da acção educativa). Quando já andávamos no 8.º ou 9.º ano descobrimos uma forma de nos escaparmos a essa "tortura". Um dia, uns colegas lembraram-se de pedir se não podiam ir antes à biblioteca jogar xadrez. O vigilante achou que sim, que como já eram crescidinhos, e até eram bons alunos, podiam ficar sozinhos na biblioteca, apenas recomendou que não fizessem barulho e que deixassem as peças arrumadas. Claro que não foram jogar xadrez coisa nenhuma, aproveitaram o facto de estarem sozinhos na biblioteca para namorarem à vontade ( era um colégio católico, não se podia ser muito exuberante nas manifestações de carinho no recreio). A partir daí, já se sabia, estávamos sempre desejosos que um professor faltasse para irmos jogar xadrez para a biblioteca. Ainda hoje, a primeira coisa que me ocorre quando falam em xadrez são essas escapadelas proibidas e a adrenalina que sentíamos.
Como pôde? Como se atreveu? Que altamente impróprio. Que pouco edificante. Aliás, que desedificante. Fez-me corar até à raiz dos cabelos. Ainda me cortam o pio. Ai que me censuram. Aqui d'el rei muito católico. Logo a mim, que ia tão lançado. Pobre de mim que não tenho bolinha vermelha ao canto... A sério, Mirone? Este é o seu episódio que não sabia se era próprio? Agora fez-me lembrar o do buraco no lençol. Mas esse, tenho eu a certeza que é impróprio. I remember it well, para si: Honore: We met at nine Marnita: We met at eight Honore: I was on time Marnita: No, you were late Honore: Ah, yes, I remember it well We dined with friends Marnita: We dined alone Honore: A tenor sang Marnita: A baritone Honore: Ah, yes, I remember it well That dazzling April moon! Marnita: There was none that night And the month was June Honore: That’s right. That’s right. Marnita: It warms my heart to know that you remember still the way you do Honore: Ah, yes, I remember it well Honore: How often I’ve thought of that Friday Marnita: Monday Honore: night when we had our last rendezvous And somehow I foolishly wondered if you might By some chance be thinking of it too? That carriage ride Marnita: You walked me home Honore: You lost a glove Marnita: I lost a comb Honore: Ah, yes, I remember it well That brilliant sky Marnita: We had some rain Honore: Those Russian songs Marnita: From sunny Spain Honore: Ah, yes. I remember it well. You wore a gown of gold Marnita: I was all in blue Honore: Am I getting old? Marnita: Oh, no, not you How strong you were, how young and gay A prince of love in every way Honore: Ah, yes, I remember it well
Outro Ente, não me estava a referir ao conteúdo do episódio propriamente dito, que não passa de algum engenho e muitas hormonas. As minhas dúvidas prendiam-se com o despropósito, o Outro Ente falava de estratégia eu eu falava de "amassos" de adolescentes. Buracos de lençol lembram-me o livro que ando a ler, 'O dia-a-dia em Portugal na Idade Média' de Ana Rodrigues Oliveira. Um lençol roto é sempre (ou quase sempre - excluo as situações de carestia extrema onde nem uma agulha e linha existe para que se remende) impróprio.
Mirone, Estratégias e amassos imberbes. Tem tudo a ver. Com muito propósito. (Começo a recear confessar-lhe as minhas inabilidades... mas sim, foi o que disse.) Mais Picante, Brindemos à Gigi. The night they invented champagne It's plain as it can be They thought of you and me The night they invented champagne They absolutely knew that all we'd want to do Is fly to the sky on champagne And shout to everyone in sight That since the world began no woman or a man has ever been as happy as we are tonight!
Foi o meu primeiro amor, o Gaston, vulgo Louis Jordan. Cheguei a saber alguns dos diálogos de cor. Vi o filme quase tantas vezes como vi Música no Coração. Boa noite Outro Ente, durma com os anjos.
Dizem que ele é muito parecido comigo. Só que eu sou mais bonito. Mais alto. E forte. Divertido. Estou vivo. Sou cerca de meio século mais novo. E os meus olhos são peixes verdes. Igualzinho. Sem tirar nem pôr. Dizem.
Nem que seja o mundo da blogo!
ResponderEliminarBoa tarde, caro Ente, e um beijo. :)
Querida Maria Eu,
Eliminar(Gostei de a ler branca e (en)cantadora, hoje. Notei a sua ausência - não aqui, evidentemente, mas na sua vez - e assumi que se devesse a uma outra ausência.)
Só deste mundo aqui me ocupo, escapando do outro que sempre me ocupa. A César o que é de César.
Um beijo,
Outro Ente.
Está a preparar-se para uma batalha? :DDDD
ResponderEliminarEnsinaram-nos os latinos: si vis pacem, para bellum. Ensinou-nos o xadrez: a melhor defesa é o ataque.
EliminarEnquanto estiver, estarei presente.
Agora contava-lhe um história a propósito do xadrez e daquilo que me vem à memória, mas não sei se é própria...
EliminarSabe pois. Quem não sabe sou eu. Também sabe que não precisa de autorização para ser imprópria.
EliminarNo colégio, das pouquíssimas vezes que um professor faltava, em vez de irmos para o recreio, ficávamos a estudar na sala de aula com um vigilante - o que costumava estar na biblioteca (acho que agora se chamam auxiliares da acção educativa). Quando já andávamos no 8.º ou 9.º ano descobrimos uma forma de nos escaparmos a essa "tortura". Um dia, uns colegas lembraram-se de pedir se não podiam ir antes à biblioteca jogar xadrez. O vigilante achou que sim, que como já eram crescidinhos, e até eram bons alunos, podiam ficar sozinhos na biblioteca, apenas recomendou que não fizessem barulho e que deixassem as peças arrumadas.
EliminarClaro que não foram jogar xadrez coisa nenhuma, aproveitaram o facto de estarem sozinhos na biblioteca para namorarem à vontade ( era um colégio católico, não se podia ser muito exuberante nas manifestações de carinho no recreio). A partir daí, já se sabia, estávamos sempre desejosos que um professor faltasse para irmos jogar xadrez para a biblioteca. Ainda hoje, a primeira coisa que me ocorre quando falam em xadrez são essas escapadelas proibidas e a adrenalina que sentíamos.
Como pôde? Como se atreveu? Que altamente impróprio. Que pouco edificante. Aliás, que desedificante. Fez-me corar até à raiz dos cabelos. Ainda me cortam o pio. Ai que me censuram. Aqui d'el rei muito católico. Logo a mim, que ia tão lançado. Pobre de mim que não tenho bolinha vermelha ao canto...
EliminarA sério, Mirone? Este é o seu episódio que não sabia se era próprio? Agora fez-me lembrar o do buraco no lençol. Mas esse, tenho eu a certeza que é impróprio.
I remember it well, para si:
Honore: We met at nine
Marnita: We met at eight
Honore: I was on time
Marnita: No, you were late
Honore: Ah, yes, I remember it well
We dined with friends
Marnita: We dined alone
Honore: A tenor sang
Marnita: A baritone
Honore: Ah, yes, I remember it well
That dazzling April moon!
Marnita: There was none that night
And the month was June
Honore: That’s right. That’s right.
Marnita: It warms my heart to know that you
remember still the way you do
Honore: Ah, yes, I remember it well
Honore: How often I’ve thought of that Friday
Marnita: Monday
Honore: night when we had our last rendezvous
And somehow I foolishly wondered if you might
By some chance be thinking of it too?
That carriage ride
Marnita: You walked me home
Honore: You lost a glove
Marnita: I lost a comb
Honore: Ah, yes, I remember it well
That brilliant sky
Marnita: We had some rain
Honore: Those Russian songs
Marnita: From sunny Spain
Honore: Ah, yes. I remember it well.
You wore a gown of gold
Marnita: I was all in blue
Honore: Am I getting old?
Marnita: Oh, no, not you
How strong you were, how young and gay
A prince of love in every way
Honore: Ah, yes, I remember it well
Outro Ente, não me estava a referir ao conteúdo do episódio propriamente dito, que não passa de algum engenho e muitas hormonas. As minhas dúvidas prendiam-se com o despropósito, o Outro Ente falava de estratégia eu eu falava de "amassos" de adolescentes.
EliminarBuracos de lençol lembram-me o livro que ando a ler, 'O dia-a-dia em Portugal na Idade Média' de Ana Rodrigues Oliveira.
Um lençol roto é sempre (ou quase sempre - excluo as situações de carestia extrema onde nem uma agulha e linha existe para que se remende) impróprio.
(disse-me que não dança nem canta, não foi?)
Gigi!!
EliminarMirone,
EliminarEstratégias e amassos imberbes. Tem tudo a ver. Com muito propósito.
(Começo a recear confessar-lhe as minhas inabilidades... mas sim, foi o que disse.)
Mais Picante,
Brindemos à Gigi.
The night they invented champagne
It's plain as it can be
They thought of you and me
The night they invented champagne
They absolutely knew
that all we'd want to do
Is fly to the sky on champagne
And shout to everyone in sight
That since the world began
no woman or a man
has ever been as happy as we are tonight!
Foi o meu primeiro amor, o Gaston, vulgo Louis Jordan. Cheguei a saber alguns dos diálogos de cor. Vi o filme quase tantas vezes como vi Música no Coração.
EliminarBoa noite Outro Ente, durma com os anjos.
Dizem que ele é muito parecido comigo. Só que eu sou mais bonito. Mais alto. E forte. Divertido. Estou vivo. Sou cerca de meio século mais novo. E os meus olhos são peixes verdes. Igualzinho. Sem tirar nem pôr. Dizem.
EliminarEstar vivo pode fazer a diferença, concedo.
Eliminar(vossemecê tem piada...)
Anda nothing else matters.
EliminarNoite feliz,
Outro Ente.
Ter de combater sempre é um destino terrível. :)
ResponderEliminarBoa tarde, meu caro.
Caro JM,
EliminarPeleio como vivo. Em paz.
Um abraço,
Outro Ente.
Ahahhahhaahhahaahhhahhhhahhahahahahaahhahahhahahahahhahhahahahhahhahhaahhahahahaahhahahhahahahhahahahhahahhahah
ResponderEliminarPronto, posso ir descansada, já sei que o meu reino está em boas mãos :D
Grato pela confiança, minha Senhora.
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