Existe em mim uma superlativa limitação para abarcar a multiplicidade das relações humanas.
Navego entre trópicos com um enlevo sem bússola e uma inocência sem norte.
Hesito perante a entusiástica disponibilidade que anestesiantemente nos fixa continuação.
Obstinado neste meu ceticismo mantenho a incondicional ternura.
Porém, sei inequivocamente que não sendo amantes, seremos estranhos.
Desconheço esse conceito de desvalor inventado pelo sexo feminino que, perante um termo que não desejou, insiste numa "só amizade", como uma amizade menor, como se tal desvio fosse instituível.
A recordação no simbolismo de um horizonte passado não se confunde com qualquer tipo de futuro.
Jamais servirei para quem, subliminar ou despudoradamente, reduz a amizade numa abusiva comparação de termos exclusivos que nunca vivenciou.
Obsidiante é Dante: é vasto o mar a tão pequena barca...
O amor e lindo, mas confunde-se muitas vezes com paixão, que não funciona a Duracell. O Amor é aquele rufar de tambor que nos acelera a pulsação e antecipa qualquer emoção arrebatadora, e nos torna pura emoção e de fraca razão.
ResponderEliminarNo fim, fica a amizade, mais duradoira do que qualquer grande paixão e mais serena do que qualquer grande amor que esmorece quando se cala o tambor. E a amizade de uma vida é fantástica, é linda, é... tudo, Outro Ente.
Beijinho e bom final de Domingo
Querida M D Roque,
ResponderEliminarÉ por a amizade ser tudo em si mesma que só quem não entende o tudo que ela é fala em ser "só amigo".
Essa amizade de uma vida, que existe a par com a paixão, dizem que é exclusiva dos amantes que se amam. Eu acredito que o seja.
Um beijo,
Outro Ente.