O destino passa
No amigo que é lentamente puxado para o outro lado da razão
e um dia mergulha na sombra que trazia em si por resolver
o destino cumpre-se e passa
Na praia nocturna que as ondas visitam e deixam
como as imagens que sem cessar me assaltam e abandonam
na espuma que esmago contra a areia muito fina
na mulher que me acompanha e comigo se perde na noite
nos soluços de luz verde que um farol nos envia
o destino detém-se e passa
(Alexandre O'Neill)
"Ao lado do homem vou crescendo
ResponderEliminarDefendê-los da morte quando dou
Meu corpo ao desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendem-se da morte povoando
De novos sonhos a vida."
Alexandre O'Neill
Estava a reler as suas Poesias Completas quando li este post.
Beijos, caríssimo Ente. :)
Querida Maria Eu,
EliminarTer-nos-emos encontrado num espaço ausente espaço, composto de sinfonias.
Beijo,
Outro Ente.
Boa tarde, Outro Ente,
ResponderEliminarHá adeus, que se dizem, ou se calam, a tropeçar de ternura. Esses tipos de adeus, fazem com que os encontros tenham valido a pena, não fazem?. Valer a pena. Momentos que se guardam como jóias preciosas. Tudo o que importa.
Querida Cláudia,
EliminarO que importa vale a pena, claro. Mas não vale escamotear que as coisas acabam porque não estão bem.
Um beijo,
Outro Ente.
Não falava de coisas que acabam por não estarem bem. Falava de adeus necessários, sim, também existem adeus necessários, estava a referir-me a esses.
EliminarNão falava, então, de adeus. Falava de "até ao meu regresso", "até..."
EliminarAs sombras que nos nascem nos pés e são o peso da luz que nos encontra o corpo, têm esse grande risco de um dia nos esmagarem, deixam de ser a parte para serem o todo que nos afoga.
ResponderEliminar