domingo, 19 de abril de 2015

Olhares de cima da burra

Enquanto aguardava pelo "relaxamento profundo" prometido pelas mãos de muda invisível, ponderava sobre as alergias que me assolam. Designadamente, sobre a condescendência e a verborreia, que me irritam sobremaneira. Acabei por concluir que, por vezes, a companhia é supérflua, por melhor que seja e ainda que se trate da da mente própria.
Acho que dormi a sesta.

7 comentários:

  1. Às vezes, até nós estamos a mais...

    Bom restinho de Domingo, Ente.

    Beijos. :)

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    1. Querida Maria Eu,
      Somos o maior obstáculo à tranquilidade que reclamamos.
      Beijo,
      Outro Ente.

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  2. Não sendo, de todo, defensora da justiça de talião, excepcionalmente, perante a condescendência e verborreia, opto por responder na mesma moeda, ser igualmente condescendente. Esta reciprocidade chega a ser libertadora.

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    1. Querida Mirone,
      Nobre candle in the wind, diria que estou a leste, mas na verdade estou milhas a norte.
      De todo o modo: ufa...
      Pisco-lhe o olho,
      Outro Ente.

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    2. Tenho muito pouco de Norma Jean, mas é uma imagem bonita (Elton John sabe-a toda, é o que é).

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    3. Ninguém sabe tudo, Mirone. É muito agradável termos a consciência de que conhecemos algumas matérias com razoável profundidade. É igualmente útil aceitarmos que a maioria se nos escapa.
      (Nunca gostei de Elton John nem conheci quem gostasse de despedidas.)
      Um beijo,
      Outro Ente.

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    4. Do pouco que sei, do muito que não sei, de tudo o que nem sei que é possível saber, sei apenas isso, que ninguém sabe tudo, que sabemos algumas coisas e que desconhecemos a maioria.

      (Elton John vai muito bem no seu - dele - estilo, simplesmente não é o meu. Quanto a despedidas, custam-me cada vez menos).

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