Um blogue delico-cool, onde o tal e o outro dão graças por não saberem que não sabem o que não sabem.
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Biografia
Nasci no dia em que ela me beijou, morri no dia em que me abandonou e vivi o tempo que me amou.
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Se o Outono fosse meu*
Se o Outono fosse meu haveria chuva e vento e névoa e monge, temperos da vida e tempos de recolhimento. Haveria vida fresca e renovada, lavouras e lareiras. Haveria dias de Golegã, excessos de maresia e de terra e de nós. Nasceriam os frutos do porvir. Haveria manhãs de luz breve, paisagens profundas, pão-de-ló e ginja, fermento e aconchego. Haveria fins de tarde na praça, regados a café e castanhas, recheados de palavras evocativas do império dentro de nós e de impropérios, embalados pelo badalar de cada minuto que passa, espreitados pelo sino da igreja matriz mais alta que as árvores altas. Haveria sombras cúmplices e serões de tréguas e regressos possíveis. Haveria noites crescentes de breu absoluto passadas em intimidades secretas. Haveria ressurgimentos breves de um Ájax menos cansado pelas coisas sérias da vida.
Se o Outono fosse meu seria como dantes. Como hoje.
Lições de estilo
Logo de manhã, o meu filho ensinou-me que já ninguém veste pólos nem leva bolas para a escola.
Escolheu uma t-shirt e pegou na batalha naval.