Uma semana de violência no Mediterrâneo. Outra de violência juvenil. Mais uma semana de violência nas claques. E outra de violência policial. Assim se passam os meses. As "coisas" têm que ser divulgadas e o público tem o direito a saber. Fico eu sem saber onde ficam o dever de informar e o direito a ser esclarecido. Defeito meu, certamente, que as audiências demonstram esse contentamento de quem assente. Então e as políticas europeias adotadas? Claro que não se limitam a impedir o acesso a este novo mundo. Pois não? E a agilização no funcionamento das CPCJ? E a alteração dos programas de educação para a cidadania? E o reforço dos quadros das escolas com psicólogos e assistentes sociais? E, já agora, qual a sanção para os canais televisivos que passam incessantemente as violentas imagens, focando e identificando os menores, facilitando a sua estigmatização?
E a indignação? Por onde anda o nosso direito à indignação? Esse, que será um dos mais essenciais e nobres direitos de um povo em democracia...
E do Reino Unido só o nome da pequena? E o Egipto está longe? As eleições por cá ainda vêm longe? Ide morrer longe...
O apetecido odor a sangue sobrepõe-se à indignação, acho eu que não sei nada.
ResponderEliminarQuerida Be,
EliminarPior que não saber é não querer saber. Atulhar com imagens e desgraças, para não puxar por ideias e soluções.
(Está muito socrática, hoje.)
Bom dia,
Outro Ente.
É aquilo das filas na estrada quando há um acidente. Sempre me deixou nervosa, essa coisa do demorar a ver os estragos.
ResponderEliminarQuerida Mais Picante,
EliminarÉ o apelo da desgraça alheia, que nos permite medir quão mais felizes somos. Já viste aqueles?...
Bom dia,
Outro Ente.
O direito à indignação está disponível. Não me parece que as pessoas o queiram utilizar. A passividade é muito mais fácil.
ResponderEliminarBom dia :)
Querida Just Things,
EliminarA sucumbência ao comodismo tem um preço. Se refletíssemos no custo da passividade, talvez nos mexêssemos mais. Há uma aparência que ilude...
Um beijo,
Outro Ente.
A nossa indignação, a avaliar pelos acontecimentos mais recentes, fica no FB e restantes redes sociais! Pois claro. E que útil q nos é.
ResponderEliminarSe calhar depois tb votam pelo FB no dia das eleições...
Querida MMSI,
ResponderEliminarLamento as reações "por moda", que são efémeras, muitas vezes mal direcionadas, e não surtem efeitos positivos.
O FB, pela sua atualização constante que nunca permite determo-nos longamente, é um dos exemplos dessa pressa.
Um beijo,
Outro Ente.