segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O amor em dose de fim de semana

Dizem que o amor é um pássaro rebelde, um cão dos diabos. Dizem que em todas as ruas se encontra e perde, que é uma companhia e um fogo que arde sem se ver, que é ridículo e obscuro e urgente, entre a sombra e alma. Dizem que o amor é de repente, à espera como nas estações. Dizem, ainda que mal pergunte, ainda que seja a tarde mais longa de todas as tardes. Dizem que o amor é um jeito muito mais quente e o sabor da tua boca. Dizem. Sê-lo-á.
Digo-vos que amor é ouvir soprar uma flauta, como se escutasse música.

4 comentários:

  1. Sim, um filho/a a soprar flauta, e um pai a ouvir música é amor.
    Mas o que me fez comentar este post foi a alusão à Estrela da tarde, de José Carlos Ary dos Santos, gosto tanto, mas tanto desse poema, que não tem explicação, olhe, não tem explicação, diria que tal como o amor. Gosto muito mesmo de Ary dos Santos.
    Boa noite, Outro Ente.

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    1. É por dentro de um homem que se ouve o tom mais alto que tiver a vida...
      Um beijo,
      Outro Ente.

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  2. Podia ter de explicar um amor ainda maior. Pense só que poderia ser violino ao invés de flauta...

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    1. Querida Mais Picante,
      Teria de ser um violino muito afinadinho. A flauta é um instrumento cujo som me irrita. Tudo muito em passarinho, fininho, sopradinho, morticinho, inho.
      Bom dia,
      Outro Ente.

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